domingo, 24 de setembro de 2023

Vasco passa o carro em mais um e sinaliza brigar por algo mais, além do descenso


De volta à sua encantadora e frenética casa, equipe da Colina Histórica faz uma festa nas arquibancadas – com lindo mosaico “Resistiremos” em referência as diversas lutas do clube desde 1923, contra racismo, elitismo, segregação e injustiça social - no campo time corresponde com mais uma goleada e um futebol de encher os olhos, surpreendendo todos os críticos e comentaristas de futebol, que hoje estão encantados.

Diferentemente dos rivais, parece que as redes de Tv abafam o som da torcida do Vasco, que mesmo assim, sempre faz um barulho infernal, nível de torcidas top 5 (Bombonera, Boca Juniors (Argentina), Anfield, Liverpool (Inglaterra), Signal Iduna Park, Borussia Dortmund (Alemanha), Rajko-Mitic, Estrela Vermelha (Sérvia), Celtic Park, Celitc (Escócia), neste nipe, São Januário além de ser território hostil é extremamente barulhento e incomoda os adversários.

Aproveitamento de G4

Neste segundo turno equipe da Colina está fazendo campanha de G4, são 10 pontos em 15 disputados (3V 1E 1D), aproveitamento de 66,7%, ficando em segundo lugar, perdendo apenas para o Fortaleza (80% aproveitamento, 4V 0E 1D).

Outra análise interessante, nas últimas 7 partidas ou seja 21 pontos disputados, Vasco fez 14 pontos (4V 2E 1D), aproveitamento também de 66,7%, neste ritmo equipe sinaliza que irá brigar por algo mais além da luta pelo descenso, onde projeta, em condições normais, fechar com 53 pontos – é evidente que estamos falando de estatística, projeções, números relativos – posição que garantiria uma Sulamericana e, até, uma briga pela pré-Libertadores (mas, vamos ter calma) o importante é pensar jogo a jogo.

O que mudou neste novo Vasco?

1) Primeiramente, a melhor contratação do clube nesta temporada foi do seu treinador, Ramón Diaz, ele é fenomenal, intempestivo, duro, vigilante, sério, personalidade forte, cascudo, experiente, conhecedor a fundo do assunto, deixando a diretoria, comissão técnica, jogadores e torcedores mais tranquilos;

2) Forte obediência tática, equipe joga num 4-5-1 variando para 4-4-2 em alguns momentos do jogo, com uma obsessiva disciplina, todos atrás da linha da bola, dobrando a marcação, atacando a pelota – não é simplesmente cercar – é agredir a bola, combater, competir (como sugere seu comandante);

3) “Dar a Cesar o que é de César”, treinador adota no elenco política de multas e bônus aos atletas, ou seja, se você vai bem nos treinos e/ou jogos estará na equipe titular ou entrará no jogo – exemplos dos atletas Rossi, Paulinho, Zé Gabriel, entre outros- por outro lado, caso não, ficará no banco ou nem relacionado para o jogo (exemplos dos jogadores Bambu, Capasso, Figueiredo, Serginho, Alex Teixeira, entre outros);

4) Mesmo vencendo, equipe não abre mão de continuar atacando, movimentando, variando jogadas e buscando fazer mais gols (reflexo disso foram goleadas no forte Fluminense e Coritiba).

Destaques

Medel, estava suspenso, por isso não jogou o clássico contra o Flu, já contra o Coxa, deu aula, com apenas 1,71m de altura, chileno se coloca extremamente bem, se antecipando às jogadas e ganhando os duelos por baixo e por cima, nota 6;

Piton – voltou a jogar bem, seus cruzamentos são letais, deixam os atacantes com total condições de balançar as redes, nota 6;

Zé Gabriel- fez seu primeiro gol pelo Vasco, celebrando seu bom momento na equipe, já está sendo chamado pela torcida de “Zé Casemiro” (risos), nota 6;

Paulinho- que achado, scout do Vasco acertou, também, na contratação deste profissional, hoje, é um dos melhores meias no futebol brasileiro, onde, se continuar nesta pegada, não se assustem caso seja convocado para seleção brasileira, nota 7;

Payet- tem muita qualidade técnica, assim como foi contra o Bahia (assistência para Jair), de cara para o gol, deu um passe açucarado para Rossi marcar, mostrou que não é faminha, nota 6;

Rossi- o “Búfalo” está inspirado, depois de uma excelente partida contra os tricolores (duas assistências), contra o Coxa não foi diferente (um gol + uma assistência), nota 6;

Vegetti- mais 2 gols pra conta do pirata argentino, outro achado, scout vascaíno deu show (sucesso joga junto com a sorte, agradecemos ao presidente do Talleres que recusou proposta por Michael Santos), Vegetti é letal, equipe, presença de área assustadora, incomoda zagueiros rivais, 6 gols em 7 jogos, 86% de aproveitamento,  nota 7;

Téc. Ramón- responsável por toda essa transformação, quando finalizar o campeonato, com o Vasco fora do rebaixamento e uma vaga na Sula ou pré Liberta, pode fazer uma estátua para esse monstro, escala bem e substitui melhor ainda, sabe fazer leitura de jogo, nota 8.

Próxima final

Jogo dificílimo contra um perigoso América, que sempre joga bem, últimos 5 jogos fez 7 pontos (2V 1E 2D), por sinal, último duelo, seria empate contra o Bragantino, onde o Coelho perdeu pênalti aos 48min segundo tempo.

Vasco precisa continuar imposição sobre os rivais para buscar a vitória e a saída do Z4, pinta de jogão, vascaínos estão contando os dias, horas, minutos...para sair da zona.

O Vasco junto com sua torcida continuará resistindo e fazendo coisas surpreendentes, essa agora, pode se livrar de um rebaixamento onde os especialistas cravavam que seria irreversível.

SV

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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Camisas Negras vencem clássico eletrizante. Jogaço!


O futebol nos proporciona emoções surpreendentes, por isso é tão emocionante.

O Fluminense está entre as quatro melhores equipes da América do Sul, quinto colocado na tabela do Brasileiro(até a 22° rodada), grande favorito, técnico da seleção brasileira é quem treina a equipe, normalmente faz 70% de posse bola e também é o time que mais troca passes do campeonato, ganhar dos tricolores não é missão fácil.

Vendo toda essa estatística a favor do tricolor, muitos cravaram vitória esmagadora do time das Laranjeiras, mas, a realidade foi outra, vitória do Cruzmaltinos, e com propriedade, Vascão 4x2 Flu.

Cada equipe tem e usa a estratégia que melhor se adapta à sua realidade, proporcional ao rival que irá enfrentar. 

Dessa forma, Ramón Diaz armou um Vasco forte na marcação, com saídas rápidas nos contra-ataques, explorando as subidas de Marcelo, do lado direito do ataque do Vasco.

E o resultado surpreendeu quase totalidade dos especialistas, comentaristas e torcedores rivais, mas, não os vascaínos que lotaram o Engenhão e explodiram em emoção, com cervejas para o ar,  aos 39min da etapa final, quando Payet fintou com elegância o adversário, tocando para Puma na direita, este deu um balão – muitos acreditavam que não daria em nada – menos Vegetti, que subiu dando assistência ao iluminado Gabriel Pec (este de peixinho, parecia Bebeto, Romário, Edmundo, Dinamite, Pantera, Luizão, Evair, Valdir, e tantos outros) cabeceou para as redes GOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL do VASCÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO DA GAMAAAAAAAA sacramentando o belíssimo clássico e fazendo dezenas de milhões de torcedores ficarem aliviados. 

VASCÃO 4X2 FLUZÃO. JOGÃO, JOGAÇO! Obrigado futebol.

Por que Ramón tem certeza que o Vasco não cairá:

1) Dos últimos 6 jogos, ou seja, 18 pontos disputados equipe ganhou 11 (poderia ter sido 14 pontos, se não fosse o erro do VAR contra o Palmeiras), perfazendo aproveitamento de 61%, neste ritmo pode terminar o campeonato com 49 pontos, pleiteando uma Sulamericana;

2) Obsessiva obediência tática, equipe joga num 4-5-1 variando para 4-4-2 em alguns momentos do jogo, com uma exaustiva disciplina, todos atrás da linha da bola, dobrando a marcação, atacando a bola – não é simplesmente cercar – é agredir a bola e combater, competir;

3) Treinador adota o método de punição para aqueles jogadores que não treinam e/ou joguem bem, deixando-os na “geladeira” – Bambu, Capasso e Figueiredo nem no banco ficaram contra o Flu – Orellano foi mal contra o Grêmio (banco), Pec e Serginho foram mal contra Bahia (banco), Jair estava suspenso, mas, certamente será banco, Puma estava fora vários jogos (voltou no clássico);

4) Por outro lado, Ramon dar bônus para os jogadores que se destacam – nos treinos e/ou jogos - Maicon (melhor jogador contra o Bahia), Zé Gabriel (vem surpreendendo positivamente), Zé Vitor (ganhou disputa contra Bambu e Capasso);

5) Equipe não abdica de jogar e buscar o gol, mesmo vencendo.

Destaques

Fluminense

Marcelo- mesmo tendo errado na marcação no primeiro gol do Vasco, foi ao ataque fez gol, e impulsionou a equipe a boas jogadas, é sem dúvida alguma o jogador mais habilidoso em atividade do futebol brasileiro, nota 6;

André- errou de forma bizarra no terceiro gol do Vasco, mas, deu um belíssimo passe para Guga deixar Lima empatar o jogo em 2x2, jogador diferenciado, arma e desarma com qualidade, nota 6;

Lima- sempre quando entra no jogo desarticula o rival, tem excelente visão de jogo, rápido, vertical, preciso, nota 6;

J Kennedy- driblou a metade do time do Vasco e a bola bateu na trave, no primeiro tempo; na etapa final fez o mesmo, poderia ter tocado para Cano do lado, foi faminha, liso, escorregadio, extremamente habilidoso, nota 7;

Vasco

Jardim- fez algumas defesas importantes, grande flexibilidade, se coloca muito bem, precisa melhorar nas saídas do gol, nota 6;

Zé Gabriel- incrível como Ramón conseguiu recuperar esse rapaz, onde o mesmo estava prestes a ser dispensado e não estava encontrando clubes no mercado, em outras palavras ninguém queria, hoje, no Vasco, é Zé Gabriel + 10 (vão me matar risos), nota 6;

Paulinho- que achado, que contratação monstro, arma com maestria, estilo, elegância, ajuda na defesa, dribla fácil, jogador completo, nota 7;

Rossi- scout do Vasco acertou, foi buscar esse apaixonado torcedor do clube e joga bola também, deu uma linda finta no super star Marcelo, fez duas assistência para os gols de Praxedes e Veggeti, nota 7;

Vegetti- ainda bem que o presidente do Talleres não liberou Michael Santos, pois assim esse rapaz caiu como uma luva, excelente cabeceador, faz bem um pivô, equipe, tem visão de jogo, fez um gol e deu assistência para Pec fazer o quarto, nota 7.5;

Pec- garoto predestinado, acredita em todas as bolas, foi agraciado pelo seu esforço numa bola que André entregou de bandeja e outra, numa bela assistência de Vegetti, nota 7;

Tec. Ramón- certamente, a melhor contratação do clube nesta temporada, se não fosse ele nem teríamos alguns reforços – pois só vieram devido a segurança e postura do treinador – firme nas suas convicções, prega a competição com muito trabalho, nota 8.

Inspiração nos Camisas Negras

O Marketing do Vasco fez um trabalho bacana fazendo referência aos 100 anos dos Camisas Negras – jogadores negros, pobres, operários, analfabetos, suburbanos primeiros campões pelo clube, em 1923 – editando uma carta para cada jogador, nas suas respectivas línguas, explicando quão importante foi a Resposta Histórica que o Vasco deu a elite carioca, não aceitando a exclusão dos seus atletas, onde o time jogou com a terceira camisa – preta, com traços semelhante à original e centenária - em homenagem aos vitoriosos atletas.

Os jogadores cruzmaltinos não decepcionaram, competiram com garra, determinação e vontade de quebrar um tabu que já duravam 4 anos (8 jogos) e levaram mais três pontos para São Januário que serão fundamentais na luta contra o rebaixamento.

No vestiário Emiliano (filho de Ramón) reforçou a importância da Resistência – contra tudo e contra todos – e assim, esperamos que a história seja escrita por mais 100 anos.

SV

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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O melhor do jogo em Salvador estava no entorno de São Januário


Era jogo do Vasco em São Januário? Não. Jogo da seleção na Copa do Mundo FIFA? Também, não. Eliminatória da Copa Mundo? Não. Vascaínos atendem solicitação das organizadas para irem à rua Roberto Dinamite e Barreira assistirem ao jogo Bahia x Vasco – há mais 1.600km do Rio - e fizeram um grande protesto (liberem São Januario) e festa.

O resultado foi um sucesso, uma grande celebração (como cada jogo é uma final, valeu a corrente positiva da torcida), estima-se que mais de 10 mil torcedores estiveram neste evento – com pula pulas, crianças brincando, familiares e comerciantes felizes, animação geral – não foi constatado nenhum tipo de violência, mais uma vez a instituição Vasco da Gama e torcedores registraram um marco histórico.

Um tempo para cada

O Bahia não soube aproveitar o bom primeiro tempo, onde a equipe rival não se encontrava em campo, 1x0 saiu barato.

Já na segunda etapa, técnico Ramón Diaz colocou Marlon Gomes, Payet e Sebastian nos lugares de Praxedes, Serginho e Pec, deu certo, equipe carioca ficou mais coesa, mais agrupada e mais forte ofensivamente.

Aos 16min da segunda etapa, Marlon colocou Gilberto para dançar, este deu uma tesoura no rival dentro da área, árbitro não hesitou, estava bem colocado, pênalti - ficou o questionamento: não deveria ter dado amarelo? Caso isso acontecesse, seria o segundo e consequentemente expulsão do lateral.

Vegetti bateu muito bem e empatou o jogo (neste momento entorno de São Januário explodia de alegria, copos descartáveis de cervejas para o ar) GOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLL do VASCOOOOOOOOOOOOOOO.

Jair entrou no lugar de Medel, recebeu um passe açucarado de Payet, na marca do pênalti e jogou pra fora. INACREDITÁVELLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL. Em seguida, num outro lance, deu uma cotovelada em Luciano Juba, sendo expulso.

Empate foi justo, um tempo para cada, embora, cada time lamentou o resultado acreditando na vitória. 

O técnico Renato Paiva não suportou a pressão e pediu demissão.

Destaques 

Bahia

Kanu – forte na marcação, capitão tricolor impõe moral e domínio na zaga, nota 6;

Rezende – muito bom volante, desarma e vai ao ataque com frequência, deu uma cabeçada para uma grande defesa de Jardim, nota 7;

Ademir – fez o gol e encontrou espaço para jogar na primeira etapa, bom jogador, nota 6;

Vasco

Maicon – fez um partidaço, talvez a melhor da sua carreira, salvou dois gols certos do Bahia na primeira etapa, nota 8;

Paulinho – mais um bom jogo desse rapaz, habilidoso, liso, inteligente, equipe, nota 6;

Marlon – jovem diferenciado, entrou muito bem – como sempre, quando entra na segunda etapa faz bons jogos – deixou Gilberto tonto, sofreu pênalti, nota 7;

Payet – entrou bem, mostrou que será muito útil à equipe, tem duas semanas para se preparar para o clássico contra Flu, deu passe sutil para Jair virar o jogo, mas esse perdeu, nota 6;

Ramón – técnico mais uma vez fez uma boa leitura de jogo - isso é fundamental para um treinador, e Ramón faz com muita maestria – encaixou o time para segunda etapa e poderia ter saído com a vitória, nota 7.

Próximos jogos

Dia 14.09, quinta-feira, o Bahia vai à Curitiba –PR encarar o lanterna Coritiba (Coxa não pode nem pensar em derrota), equipe tricolor já deve estrear novo treinador, caso perca o jogo pode entrar na zona, se o Santos vencer o Cruzeiro, na Vila.

Já o Vasco, encara o clássico contra o Fluminense, dia 16.09, sábado, no Engenhão, jogo deve ser eletrizante, pois nos últimos anos, equipes travam duelos fora e dentro de campo – disputas pelo Maracanã, discussões entre seus dirigentes e dentro das quatro linhas sempre jogos muito pegados.

Fluminense é o favorito, pois tem melhor equipe, mais bem treinada, mais entrosada, quinto colocado na tabela e está na semifinal da Libertadores, mas o Vasco pode surpreender, pois tem um grande treinador e peças que podem decidir o clássico, pinta de um jogão.

SV

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domingo, 3 de setembro de 2023

Nunca foi - nem nunca será - apenas futebol. Jamais irão calar a instituição Vasco da Gama.


Prezados, não interpretem como mais um querendo “surfar” nessa polêmica, estamos diante de um fato absurdo, surreal, abominável, elitista e discriminatório, devemos ter uma infinidade de textos, vídeos, twitter, falas de políticos em geral, órgãos defensores direitos humanos, entre outros, ainda assim será pouco, tamanho é a monstruosidade e aberração, cito a íntegra:

"Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vêse (sic) que todo o complexo é cercado pela comunidade da barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio" (Promotor Rodrigo Terra, após jogo Vasco x Goiás).

Não, amigos, não estamos no século passado, mais especificamente 1924 - quando o Club de Regatas Vasco da Gama foi proibido de participar do campeonato Carioca, pela “elite carioca”, digo Flamengo, Fluminense, Botafogo e América, por termos no nosso elenco jogadores negros, pobres, analfabetos e operários, a Resposta Histórica foi não participar da competição – estamos em pleno século XXI, e esse relato do promotor é algo assustador, segregacionista, mostrando total desconhecimento dos fatos, do Rio de Janeiro e questões sociais não somente do estado, mas, do país. 

O Club de Regatas Vasco da Gama deve ser cobrado pela sua organização e estrutura interna – assim como todos os demais clubes do Brasil – mas, não de assuntos externos a seu estádio, tumultos, brigas, tráfico de drogas, desordem, balbúrdia, troca de tiros, entre outros, trata-se de segurança pública e é de responsabilidade do Estado, não podendo penalizar o Vasco por isso.

Se for nestes termos, temos que interditar o Rio de Janeiro inteiro, porque todo bairro nobre tem uma favela ao lado – quem conhece o Rio sabe o que estou falando – e os estádios do Maracanã (Morro Mangueira), Engenhão (comunidade Engenho de Dentro), entre outros.

Estampidos de tiros vemos em todo Rio de Janeiro e não somente na comunidade da Barreira do Vasco. 

Pessoas se embriagando, comemorando e se divertindo é muito natural na zona sul, neste ambiente está liberado, porém, na Barreita e  entorno de São Januário, só lá, não é permitido, prova da total discriminação e elitismo contra o bairro suburbano e comunidades locais do Vasco da Gama.

Sem contar que estamos sendo proibido de frequentar uma casa construída pelos próprios torcedores - nenhum clube do mundo tem esse feito - em 1927.

É triste, é doído...

TJ-RJ dificulta a situação

Surpreendendo a todos, os desembargadores do TJ-RJ, por dois votos a um, mantiveram a decisão do fechamento de São Januário, deixando perplexos, não somente, comissão técnica, diretoria e torcedores do Vasco, como também, quase totalidade da imprensa esportiva e até mesmo torcedores rivais.

E, para piorar ainda mais a situação, o desembargador Fernando Foch, que presidia a sessão, informou que a Cracolândia não tem a comoção nem repercussão que o futebol está tendo. Comentário totalmente sem propósito e infeliz do magistrado.

Vasco vai recorrer ao STJ

Diretoria do Vasco informa que vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça, em Brasília), e mostra prejuízos enormes não somente ao clube, mas também aos comerciantes da Barreira e entorno de São Januário, segundo dados, com queda de receitas acima 60% deixando a economia local estagnada e sem condições de continuar com portas abertas.

Dois pesos, duas medidas

No início de julho, tivemos tumultos entre as torcidas do Palmeiras e Flamengo, levando à óbito uma torcedora do Verdão; Como se trata de uma “Arena” não tivemos Allianz Parque fechado.

Final de março, tivemos brigas entre torcedores de Flamengo e Fluminense, onde houve tiros disparados por um policial penal e levando à óbito um torcedor do Fluminense; Também, como se trata de entorno de uma “Arena”, não houve nada, Maracanã não foi fechado.

Na Libertadores, policiais militares atiraram contra torcedores do time Argentinos Juniors dentro do Maracanã, nada foi registrado, nada foi apurado, estádio, policiais e torcedores continuam livres e sem abertura de processos, “Arena” moderna, palco de final de mundial FIFA pode, sem problemas.

Ontem, torcedores de Botafogo e Flamengo entraram em confronto, com doze pessoas presas e três delas feridas, como se trata de entornos do Nilton Santos, “moderno” não tivemos ação do MPRJ (Ministério Público Rio Janeiro), nem algum tipo de Juizado Especial dos estádios agindo e apurando fatos.

Maracanã para todos

Sabendo da possibilidade do Vasco entrar na justiça requerendo mandar o jogo Vasco x Fluminense, no Maracanã, o consórcio e a dupla Fla x Flu deixaram o estádio “fechado para recuperação do gramado”.

O Vasco não pode jogar na sua casa (São Januário) nem no estádio público que também é seu (primeiro campeão do Maracanã, em 1950).

Contra tudo e contra todos nunca foi tão marcante e transparente.

Resiliência e resistência  

Nunca foi – nem nunca será - apenas futebol. Jamais irão calar a instituição Vasco da Gama, sua história e sua imensa torcida, a resiliência é nossa marca, a luta contra o preconceito e elitismo está nas nossas veias, perdemos uma batalha, mas a vitória nesta guerra certa.

SV

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Vasco à deriva novamente, até quando?

Já virou um jargão: “Vascaíno não tem paz um minuto”, é a pura verdade. Infelizmente, mas, até quando? Culpa da 777 Clube contratou o melhor...