A torcida do Vasco tomou de surpresa o pedido de demissão do técnico Lisca (mais um), imediatamente, diretoria do clube contratou Diniz. Mas será que o problema da Colina Histórica é apenas do seu treinador?
Missão quase impossível
Sempre tive admiração pelo trabalho do Diniz, desde Audax, 2017 (vice campeão Paulista, surpreendendo a todos). Cheguei a escrever sobre o treinador quando o mesmo comandava o Flu.
Agora, mais ainda, torço pelo seu sucesso, pois está treinando o meu amado Vascão.
Mas, reconhecemos que a missão é quase impossível, vamos aos números.
O melhor aproveitamento de Diniz foi 54,67% (pelo São Paulo), mas esse desempenho não salvará o Gigante da Colina, onde precisará de 73,33%.
Só para servir de parâmetro apenas o Galo está com desempenho semelhante (75%), Fla e Palmeiras (66,7% e 63.3% respectivamente), na série A. Já imaginaram o tamanho do problema que Diniz está?
Um outro Vasco
Quem acompanha o Cruzmaltino viu uma grande diferença na sua postura, tática, triangulações e atitude.
Diniz, de fato, transforma as equipes por onde passa. Mesmo com apenas um jogo e apenas 4 treinos já deixou sua identidade.
Entrou com apenas um volante (Andrey), com zagueiros sem dá chutões, pressão intensa nas saídas de bolas adversária, sempre com dois, três jogadores bem próximos buscando um jogo pra frente, veloz, dinâmico.
Foi injustiçado no final com o empate do CRB que criou pouco e não mereceu igualdade no placar.
Se Pec não tivesse perdido "a bola do jogo", Vasco teria saído com três pontos.
Mudanças urgentes
Diniz precisa tirar Zeca e lançar Riquelme na lateral esquerda, pois time não evolui por este setor, lateral é destro, corta sempre pro meio ou para trás, não dando profundidade.
Morato (canhoto) na direita, Jabá (direito) na esquerda time fica sem profundidade, previsível e com poucas opções.
Problema é o técnico?
Sabemos que o problema do Vasco não se resume apenas no seu comandante técnico. Seria ótimo se fosse apenas isso.
Colina Histórica ferve há mais de 20 anos com uma política suja, nefasta, que denigre e abre um rombo nos cofres do clube.
Seus opositores não respeitam derrotas, nem tão pouco, esperam sua vez de entrar na gestão, trabalham insistentemente contra, usando de táticas Maquiavélicas ("O fim justificam os meios"), levando o clube a um caos infernal.
Para piorar, os dirigentes quando entram são incompetentes, lentos, caem de pára-quedas, num clube que precisa de profissionais de altos níveis. Continuamos sangrando, não sabemos até quando.
Enquanto vemos o rival sendo "campeão de tudo", formando uma equipe para disputar de igual para igual com qualquer clube mundial, por outro lado, nos deparamos com um amadorismos profundo, medíocre e destruidor na Colina.
Vencer ou vencer
Ganhar o Cruzeiro, hoje, é obrigação, outro resultado, praticamente ceifa todas as chances do clube voltar à série A.
Saudações!
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