sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Flamengo 1x0 Vasco, "Galinha que acompanha pato morre afogada"



Expressão muito popular, comum na cultura brasileira, pode ser observada nesta quarta-feira, no Maracanã.

Enquanto o Flamengo, de maneira corajosa,  acertadamente, colocou o sub-20 para jogar o clássico, pois fez final do mundial dia 21 Janeiro 2019, jogadores e técnico voltando de férias,  a vitória veio como reconhecimento do bom planejamento.  Por outro lado, seu rival não teve a mesma sorte, a idéia de imitar o rubro negro não foi boa, gerou discórdia e ira de grande parte da torcida.

Flamengo

Por razões óbvias, diretoria rubro negra fez planejamento para ano 2020, começando as competições com o sub-20, pois a equipe principal  acabara de voltar de férias, intensificando a pré temporada para um ano longo e desgastante para os planos do time da Gávea.

Vasco

O que justificaria colocar o time titular contra o Bangu, lotando São Janu e no jogo seguinte usar uma equipe mista (reservas do time principal junto com alguns garotos da base)?

Seguem alguns questionamentos que a torcida do Vasco ainda não entendeu essa loucura:

1. Equipe da Colina tinha um tabu de 14 jogos sem vencer o rival, 4 anos, oportunidade excelente para  entrar com equipe principal e dar uma sapecada no rival;

2. Os rubro negros entraram com equipe sub-20 que estavam jogando há muito tempo e tiveram sucesso com o titulo carioca, brasileiro e eliminado nas semifinais copa do Brasil, time entrosado. Se o Vasco queria imitar, deveria ter colocado,  sua equipe sub-20 (na íntegra, só mudando o goleiro, Jordi seria uma boa pedida), pois estes garotos Cruz-maltinos estão jogando juntos há muito tempo, também, e com bons resultados (segundo colocado copa RS, eliminado pelo Grêmio, nos pênaltis, nas quartas de final da copa São Paulo, jogando um belíssimo futebol, time não dar chutões, sai de pé em pé, joga compacto, com triangulações). Colocar um time misto sem entrosamento, onde nunca tinham jogado juntos (fazer 2 treinos e soltar o mistão, se virem) foi uma péssima idéia, pra não dizer loucura;

3. Entrar com Ribamar (e ainda de capitão, foi riscar da história do clube: Bellini, Ademir, Roberto Dinamite, Edmundo, Romário, Mauro Galvão, Juninho Pernambucano, entre outros grandes capitães do Almirante), Tiago Reis e Lucas Santos foi um tiro no pé. Eles podem até  se superarem e serem profissionais de sucesso,  mas não vejo futuro neles. Ribamar, briga com a bola o jogo todo e entra em impedimentos sempre, destruindo os contra ataques, erra lances bizarros (pior que ainda ficam iludindo o cara com músicas). Lucas Santos, não consegue superar sua pequena estatura, levando enorme desvantagem nas corridas, dribles e corpo a corpo. Tiago Reis, no futuro pode até encaixar, mas não está pronto, erra nos fundamentos básicos: passes, dribles, marcação, entre outros;

4. De quem foi a idéia de entrar com time misto? Abel, diretoria, ambos? E por que? Medo de encarar os garotos do Flamengo? Sem cabimento, sem lógica;

5. No anais do futebol (Wilkipedia, estatísticas, entre outros), 22.01.2020, Flamengo 1 x 0 Vasco, não informa Flamengo sub 20 x  Vasco misto, computa-se mais uma derrota Cruz-maltina e 15 partidas de invencibilidade do rival;

5. Dar o troco no rival, por achar que estavam de chacota, entrando com o sub-20? Tentaram tirar onda, colocando um time alternativo, não foi uma boa, deveriam honrar a camisa pesada do Vasco, entrando com o que temos de melhor, levando a sério esta enorme tradição, de um clássico de grande rivalidade, sua imensa torcida merece mais respeito;

6. No ano passado, J. Jesus revolucionou o futebol brasileiro, mostrando que pode, sim, jogar todos os jogos numa temporada. Essa coisa de folgar, descansar, jogadores já caiu por terra. Abel fala em poupar equipe contra Botafogo, pois tem jogo em seguida na sul-americana, será que há necessidade?;

7. Técnico Abel, sem noção (como sempre), disse que foi lindo. Como assim? Quanta infelicidade nas palavras;

8. Qualquer vascaíno raiz, escalaria o Vasco melhor que Abel, e pior, saberia os nomes de todos os atletas, time principal e base;

9. Para deixar o cenário mais grave, se espalhou nas redes sociais que o time da Colina estaria fechando com o volante Jucilei, do São Paulo, onde arcaria com um salário mensal de R$ 375mil, foi "a bala que matou John Lennon" que faltava para se criar um "furdunço" no clube, com msg de fora Campello, fora Abel. Pois o clube tem muitos volantes e bons (Raul, Marcos Jr, Juninho, Bruno Gomes, Andrey, negociando a permanência de Guarin), além de baratos. Investir R$375mil num volante, seria o cúmulo da burrice, numa equipe que está precisando de um meia de ligação habilidoso. Finalmente, não foi confirmada pela diretoria a contratação de Jucilei (talvez pela repercussão negativa nas redes sociais, torcedor muda cenário sim)

10. Enquanto não se tem este meia de ligação, cria coragem e atitude,  dar esta camisa 10 a Caio Lopes, garoto é inteligente e habilidoso, melhor que ficar fritando Lucas Santos, qualquer leigo vê que L S, não está bem, e, hoje, não tem condições de assumir esta responsabilidade. Precisamos de um técnico e diretoria que tenha "saco roxo", que sejam corajosos, rápidos, para quem conhece de futebol, não precisa tomar uma garrafa térmica de café, no primeiro gole já sabe se o café é bom ou ruim.

Exemplo para se copiar

Temos, sim, que copiar muitos exemplos do clube da Gávea, até porque é  o time a ser batido, ganhou quase tudo, ano passado (além de apresentar mudanças positivas nas finanças; elenco, contratações, vendas de jogadores da base, estrutura, investimentos, entre outros). Agora, precisamos copiar com critérios, não de maneira aleatória, amadora, isso a torcida do Vasco e o mercado não aceitam mais.

Fica a dica: "Galinha que acompanha pato, morre afogada".

De: Wilde Batista Nunes

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Um Vasco x Flamengo diferente, sob a magia do rádio



Devido a arrogância e soberba de Rodolfo Landim ( presidente do Flamengo) e diretoria do clube, em acreditarem que, sozinho, é maior que Vasco, Botafogo e Fluminense, juntos, reforçando a tese de que estão em outro patamar. Dessa forma, contrato de transmissão com o grupo Globo (tv aberta, Sportv, Premiere) não foi firmado, assim, poderemos ter um clássico dos milhões diferente, para os mais jovens, talvez, o primeiro e único das suas vidas, ouvindo a magia e emoções de um clássico, exclusivamente, pelo rádio.

Plugado 24h

Parece estranho e sem pé nem cabeça, falar para um jovem, hoje, que ele terá que  só ouvir a narração do seu clube, sem ver as imagens, ao mesmo tempo, fato este simplesmente estranho e atípico para quem vive 24h ligados nas redes sociais (whatssap, Facebook, Instagram, Twitter, entre outros), diante de tanta tecnologia, onde, simultaneamente, veem, reveem, lances dos jogos que estão acompanhando, ao vivo (muitos assistem a vários jogos ao mesmo tempo).
Muitos desses jovens não  entendem, nem jamais vão entender a magia de ouvir um jogo exclusivamente pelo rádio.

Uma Viagem no Tempo

Fecho os olhos e imagino década de 70, mais precisamente 76, quando tive o privilégio de conhecer a magia, tradição, rivalidade, dribles, Maracanã com 120mil, 130mil, 140mil torcedores, festa, superação, garra. Tudo isso sendo simplesmente ouvido.
Era como se estivesse lendo um bom livro e se empolgando com os acontecimentos, silêncio, angústia, suspense, gritos, explosão, alívio, tudo isso sob a ótica da imaginação, usando apenas um sentido: a audição,  quem já leu Agatha Christie, Se Houver Amanha,  Capitães da Area, Vidas Secas, entre outras grandes obras e autores sabem do que estou falando.

Um tempo para cada

A rádio Globo tinha dois grandes narradores: Waldir Amaral e Jorge Curi, nos clássicos, casa um narrava um tempo, grande justiça feita a estes monstros do rádio.
Waldir Amaral, era mais cadenciado, "deixa comigo", narrava lentamente (mas mesmo assim com grandes emoções), informando os detalhes para que não perdéssemos nada, numa sutileza de fatos inigualável. Tinha alguns bordões que o marcaram: "Tem peixe na rede do..., "Choveu na horta do...",  "Vai cruzar no caldeirão do diabo", "É fumaça de gol", "indivíduo competente o ...", Tem bala na agulha", entre outros.
Já Jorge Curi, era elétrico, "Tempo e placar no maior do mundooooooo", tinha o grito de gol mais longo que já ouvira, era de uma velocidade de fatos e emoções gigantes. Engraçado que eles eram exclusivos do rádio, mesmo quando os jogos eram transmitidos pela tv.

Canal 100

Como não tínhamos com frequência jogos transmitidos ao vivo pela tv, chegávamos aos cinemas mais cedo, para vê o canal 100, que normalmente, passava uns "tapes" dos clássicos carioca, uns 2 a 3 minutinhos dos melhores momentos.
Era lindo demais vê aquele telão, casa cheia sempre (nem precisava ser final de campeonato, era qualquer jogo da tabela), num colorido surreal, quando os lances iam passando, nossa mente reportava no jogo, num detalhe da narração pelo rádio, a emoção era explosiva, o coração pulsava numa velocidade sem igual, materializando o que ouvimos há dias, meses, anos atrás,  so quem passou por isso, sabe o que estou dizendo.

Daqui a pouco

Hoje, ainda me  emociono com as narrações de Luiz Penido (rádio Globo) e José Carlos Araújo (rádio Tupi). Mas com as transmissões ao vivo pela tv, confesso que só ouço quando vou ao estádio.
Daqui a pouquinho, escolha seu narrador:

Luiz Penido, e seus bordões: "Barato bom é do Vascão, Mengão...", "Bota o pé na forma bicho", "Guardou", "Rala, rala, rala Fluzão, Fogão...", "Gigantão da Colina", "Mengão Queridão", "Nosso Tricolor", "Todo Glorioso", entre outros.
José Carlos Araújo, "O Garotinho", seguem bordões: "Voltei", "Golão, golão, golão", "Apontou, atirou, entrou", "Vai mais, vai mais Garotinho", entre outros.

Fim do rádio?

Quem imaginava que com o avanço tecnológico, redes sociais, Tv's por Assinaturas, Netflix, FM digitais, entre outros, seria o fim das rádios AM, errou feio, as rádios se modernizaram e se reinventaram, hoje, boa parte delas são digitais,  continuam encantando e fazendo sonhar muitos cidadãos apaixonados pelo futebol, músicas, fatos, entre outros.
Conversando com Juarez Soares, amigo e parceiro de trabalho, sentiu as mesmas emoções, nos programas de rádios:
"Gostava demais dos programas do Antonio Carlos, rádio Globo (hoje na Tupi). Só ia ajudar meu pai depois da vinheta: São 7h em ponto!!!!, gostava demais de acompanhar rádio Mundial, das 17h às 19h, onde passavam só músicas, as melhores do dia, em seguida mudava para rádio Globo para assistir aos programas  esportivos, desde os 09 anos até minha pré adolescência". Tantos Juarezes neste Brasilzão sem fim, Zés do Rádio, entre outras Pseudônimos, onde pessoas simples se encantavam e ainda se encantam com a magia do rádio.

Divirtam-se hoje, com as emoções nesta viagem, para os mais experientes, uma doce recordação, para os mais jovens, não se irritem, há males que vem pra bem, desfrutem desta calorosa emoção, "veja" com os ouvidos, imaginem cada lance, cada drible, cada defesa, é tudo muito encantador, mágico, viva mais um momento inesquecível da sua vida.

De: Wilde Batista Nunes

Vasco à deriva novamente, até quando?

Já virou um jargão: “Vascaíno não tem paz um minuto”, é a pura verdade. Infelizmente, mas, até quando? Culpa da 777 Clube contratou o melhor...