Depois da Batalha de Itu (pelo acesso) e, agora, Batalha de São Januário (pela permanência na Série A), todo Vascaíno deve agradecer a Deus (mesmo os ateus) e depois ao Ramón Díaz.
Eu mesmo acordo todos os dias agradecendo ao Senhor pela vida, saúde, felicidade e por esse feito – sei que muitos não acreditam e cravam que Deus não interfere no futebol, pois Ele tem muitas demandas e teria que ajudar todos os clubes), mas, não dou importância para os incrédulos, cépticos, ninguém me tira da mente que Ele agiu firme por nós nestas duas batalhas, não merecíamos sofrer mais, a intervenção divina foi marcante e necessária.
Gracias, Ramón Díaz
Outra obrigação que todo vascaíno tem que fazer: tatuar o rosto ou nome de Ramón Díaz (irei fazer a segunda opção).
Este foi brabo, assumiu um desafio absurdo, onde vários treinadores desistiram em pegar, chegou ao clube com apenas nove pontos na tabela, em última colocação, bateu na mesa que não iria cair – Vasco no va bajar – com uma convicção enorme, uma força mental vibrante que dissipou fluidos positivos para todos os atletas, torcedores, diretoria e comissão técnica.
Ramón, sem cobrar um centavo por isso, ensinou aos diversos ramos de atividades e departamentos, sobretudo, Marketing e/ou treinamento e capacitação de pessoas para se chegar a grandes resultados, como motivar pessoas trabalhando a força mental, conseguindo algo incrível, com entusiasmo, motivação, livrando o Vasco do seu quinto rebaixamento (com mais uma repetição, seria a sexta série B), foi incrível, incrível...
Com aproveitamento de 50% cravado (foram 25 jogos, 10V 6E 8D), Ramón conseguiu 36 pontos, terminando o certame com 45 pontos e um segundo turno afiado, ficando entre os 7 melhores.
Já tinha visto bandeiras em São Januário do Chile, Uruguai, Paraguai e na última partida da temporada, contra Red Bull Bragantino, vi também a bandeira da Argentina – fiquei aliviado, homenagem merecida à Ramón e Hemiliano Díaz e Vegetti – obrigado, hermanos.
Pontos marcantes:
1) Não expôs o grupo nas derrotas;
2) Nas vitórias celebrava, mas solicitava à equipe para não relaxar;
3) Mesmo sabendo da fragilidade técnica da equipe, evidenciava que tinha um grande elenco, com profissionais diferenciados;
4) Agia rápido, com atitude, colocando sempre os melhores em campo;
5) Não mexia muito no time base, dando entrosamento à equipe.
“Saco cheio”
O vascaíno não suporta mais jargões populares, frases prontas do tipo:
a) O Vasco é para quem acredita;
b) O sentimento não pode parar;
c) Só vive o propósito quem suporta o processo
Entre outros, viramos SAF para termos uma equipe competitiva, forte, para brigar por títulos, chega de lutar para não cair, chega de fazer campanhas pífias, medíocres, basta!
Outra coisa, ninguém vai deixar de ser Vasco, isso está no nosso DNA, nossa história, glórias, vitórias e conquistas serão eternas, mas, precisamos virar a chave e voltarmos a ser protagonistas.
Perspectivas futuras
O planejamento para 2024 já começou, e de forma avassaladora, é evidente que os mais leigos (desconhecedores) já queriam que o clube, de forma atabalhoada, já estivesse com uns 5 reforços de peso, mas calma, o caminho está sendo muito bem traçado, vejam:
I) Pedrinho se torna presidente Associativo, neste momento, ninguém melhor que ele, pois conhece o clube como jogador e agora irá ajudar como dirigente, profissional inteligente, competente, ativo, dinâmico e fiscalizador;
II) Lúcio Barbosa foi efetivado como CEO – foi a partir da gestão dele como interino no lugar de Luiz Mello – que o Vasco deu uma guinada, cravou os jogos em São Janu e clássicos no Maraca (contra Flu e Fogo não foram no Maraca devido uso da CONMEBOL), fechando o grupo numa corrente positiva;
III) Desligamento de Paulo Brack e pedido de demissão de Abel Braga (tchau para vocês);
IV) Contratação de Alexandre Mattos como diretor executivo futebol – diretor maior vencedor do Brasil – dos últimos 11 brasileiros ele montou ou ajudou a montar elencos de 7 (Cruzeiro 2013/14, Palmeiras 2016/18/22/23, Atlético-MG 2021);
V) Renovação com Ramón Díaz – que só renovou com a garantia que teremos um elenco para brigar por títulos.
VI) Ampliação, Modernização São Januário e entornos, finalmente, deve sair do papel, é necessário, é urgente, é fundamental, sairemos 20mil para 48mil torcedores.
Equipe já tem um esqueleto (base)
Penso que já temos um time base, uma estrutura, um alicerce, ou seja, os intocáveis: Jardim, Medel, Piton, Paulinho, Payet e Veggeti, evidentemente, precisamos contratar mais 5 titulares – um zagueiro, um lateral direito (caso PH não fique), um primeiro volante, um meia e um ponta – estamos falando para brigar por títulos.
Bem, como se trata de futebol, e ainda no Brasil, há controvérsias, alguns irão dizer que Medel é baixinho, preferia que o Vasco buscasse dois zagueiros; outros irão dizer que Piton oscila muito; alguns vão dizer que Paulinho caiu muito de rendimento; um outro irá dizer que Payet não é tudo isso, e por fim, que Vegetti é limitado e que cabe o clube buscar um outro matador.
Acredito que apenas Jardim é titular absoluto (mas, ainda assim, vai ter alguém querendo puxar seu tapete).
O que nos anima é que não sairemos do zero, como o início da temporada de 2023.
Alexandre Mattos precisa mostrar que é, de fato, o melhor diretor de futebol no Brasil e acelerar, ser rápido, e contratar peças que possam fazer esse clube a conquistar títulos, sobretudo, nacional (último 2011, Copa Brasil) e internacionais (último 2000, Mercosul).
Na Barreira eu vou festejar
O que todo vascaíno espera que a partir da temporada de 2024, possamos virar a chave, deixar de sofrimentos, tristezas, agonias, lutas para não cair e passar a cantar essa música:
O Vasco é minha alegria
Minha loucura, é minha vida
A tua história vamos honrar
Pela glória vamos lutar pra sair campeão
Nunca vão entender esse amor
Vasco da Gama, pra sempre eu vou te amar
Na barreira eu vou festejar
E cantar outra vez com os loucos da saída três
SV!
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