Time da Colina não deixa Botafogo jogar, ganha clássico pegado, faz um grande jogo, assim como foi contra Flu e Fla (este último não teve a mesma sorte pelos gols incríveis perdidos, mas jogou bem), mostra força e ganha gás para solidificar presença na elite do futebol brasileiro.
Ramón conhece
Que pena que o Vasco não começou o campeonato sob a tutela de Ramón Díaz, pois o mesmo conhece a equipe que tem e sabe extrair o melhor de cada profissional.
Evidente que contra o Goiás, técnico argentino errou feio ao colocar um monte de zagueiros no time e bancar Robson de lateral direito.
Ficou claro também que as escolhas de Pec e Praxedes na hora de matar o jogo (fariam 2x0) foram fundamentais para a não vitória Cruzmaltina, onde poderíamos estar mais tranquilos.
Já contra o Cuiabá e Botafogo tivemos mais sorte e competência, soubemos neutralizar os rivais e saímos com os três pontos tão preciosos.
Ramón conseguiu transformar o terceiro reserva do Galo e quase dispensado no Vasco, Paulo Henrique, num jogador motivado, rápido, liso e mortal (GOOOLLLAAAAAÇOOOOOO na vitória contra Botafogo).
Uma das características fortes do técnico argentino é pensar e tomar atitudes rápidas, assim fez colocando Léo no banco– veio ao clube com status de grande zagueiro – mas, não estava jogando bem.
Dessa forma, foi sumariamente substituído, sem hesitar, por Maicon – este, que já havia sido renegado no Santos e Cruzeiro – chegou ao Vasco com grande desconfiança da torcida, mas, hoje, é tido como um dos titulares absolutos do time, um monstro da zaga.
Outro profissional que estava em baixa e quase dispensado pelo clube é Zé Gabriel, hoje, sabemos que não podemos jogar sem ele, com grandes desarmes, roubadas de bola e proteção da defesa.
Todos esperavam a entrada de Payet no clássico contra o Botafogo, mas, o ritmo acelerado e a necessidade de combater, fazer o corpo a corpo, não deixar espaço para a veloz equipe rival, diferentemente, de alguns torcedores, tenho a convicção que ele acertou colocando A Teixeira, na segunda etapa, e não o francês.
Vasco com muita vontade
Quem assistiu ao jogo, viu uma equipe disputando a bola como se fosse um prato de comida e essa equipe não foi o líder da competição, foi quem estava lutando para sair da zona.
Incrível como brigou, disputou a bola, combateu, competiu a equipe Cruzmaltina, havia momentos de termos três a quadro jogadores do Vasco contra apenas um botafoguense, a vontade era estampada nos olhos, no suor, nos gritos de coberturas, espetáculo de motivação, se continuar jogando assim – e esperamos que sim – dificilmente cairá.
Assim, Ramón transformou um time desacreditado em uma equipe de gladiadores, famintos pela bola, ferozes e sedentos por conquistas e vitórias, que assim seja.
Nunca vão entender esse amor
As emoções das arquibancadas contagiaram os jogadores, mais de 20mil Vascaínos pulavam enlouquecidamente, com gritos, cantos e músicas frenéticas, que não tinha como ficar parado – até porque “se ficar parado, vai tomar um tá ligado”, risos – num espetáculo de movimentos e melodia.
Vasco da Gama, de fato, não tem uma torcida, é sua torcida que tem um time, é incrível a energia que ela passa para equipe, onde, para quem não é Vasco: “nunca vão entender esse amor...”
SV
Twitter wildenunes1
Insta wilde.nunes.7