Quem não assistiu ao jogo, vendo o placar imaginou que o São Paulo atropelou o Vasco, porém, não é verdade.
Vimos um jogo muito equilibrado, disputado, pegado, o que definiu o resultado foram os erros crassos e individuais do time da Colina.
Barbieri, caso não seja demitido, precisa fazer mudanças urgentes, sobretudo, no lado direito da sua defesa (Robson e Puma), onde foi bem explorada pelo rival.
Erros Elementares
Quando se perde, perde-se toda equipe, mas, o treinador e seus assistentes precisam ter olhos clínicos, através das análises e planilhas de resultados, onde, certamente, vão observar que o lado direito da defesa Cruzmaltina está vulnerável, Robson e Puma não estão tento seguranças nas suas ações.
Até os 23 minutos do primeiro tempo vimos um jogo altamente equilibrado e bem disputado, com um rendimento melhor da equipe carioca, que estava surpreendendo o rival, pressionando, marcando muito bem, fazendo bloco alto, dificultando saídas de bola do tricolor.
Ai veio uma triangulação pelo lado direito da defesa carioca, onde Puma falha, depois Galarza e por fim Robson que deu bote errado – este fez uma partida para esquecer - deixando atacante tricolor cruzar para Calleri marcar 1x0.
Depois, Vasco no ataque, Jair bate cabeça com Piton, erram, cedem contra-ataque tricolor, não fazem logo a falta, em seguida Robson não deu combate antes da grande área, recuou, levou drible e o segundo gol tricolor.
Termina o primeiro tempo com a equipe carioca com melhores números, mesmo em desvantagem no placar, sinal que o trabalho não está um desastre, mas os erros crassos precisam ser corrigidos.
Estatística do primeiro tempo: Posse Bola Vasco 52% São Paulo 48%; Finalizações Vasco 10 São Paulo 5; Escanteios Vasco 7 São Paulo 1; Precisão dos passes Vasco 84% São Paulo 88% Placar São Paulo 2 Vasco 1
Segundo Tempo Emocionante
Barbieri tirou o bom Barros que fez o gol Cruzmaltino, mas estava com cartão amarelo, por precaução foi substituído – cabe discussão se manteria ou não o atleta em campo, pois estava muito bem no jogo – Vasco fica com apenas dois volantes (Jair e Galarza), Alex entra e time carioca se atira ao ataque.
Aos 37 minutos do segundo tempo, num jogo elétrico, o tão questionado Galarza (inclusive eu fui contra a sua escalação) acerta um petardo, no ângulo, empatando o confronto, GOOOOOOOOLLAAAAÇO AÇO AÇOOOOOOOOOOOOOOOOOO 2x2.
Neste momento faltou experiência à equipe carioca, no linguajar popular tinha que “furar a bola”, depois de uma derrota de 2x0, chegar ao empate num jogo tenso, na casa do rival, traria um ponto e buscaria a diferença nos próximos jogos.
Campeonato Brasileiro é o mais difícil do mundo – já explicado e detalhado em textos anteriores – portanto, teria que ter sabedoria, equilíbrio e atitude de uma equipe madura, forte e consciente das nossas dificuldades e limitações para aquele jogo difícil.
Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu, aos 43 minutos do segundo tempo, levamos um gol de escanteio, onde Robson – mais um erro – sequer pulou, não saiu do chão para atacar a bola, gol tricolor.
E, para fechar, mais um erro de Robson, no quarto gol do São Paulo ele acompanha a bola deixando seu marcador do lado direita da defesa livre – observem nas imagens – desde as categorias de base sabemos que não se marca a bola, mas sim o adversário.
Estatística da Partida
Chutes Vasco 17 São Paulo 15
Chutes a gol Vasco 4 São Paulo 7
Posse bola Vasco 43% São Paulo 57%
Passes Vasco 399 São Paulo 460
Precisão passes Vasco 81% São Paulo 81%
Escanteios Vasco 9 São Paulo 3
Mudanças Urgentes
Caso Barbieri não seja demitido – onde acredito que não será – ele deve fazer imediatamente a troca do zagueiro Robson por Capasso – este é especialista em bolas aéreas – onde terá uma semana para entrosar a equipe para encarar o Fortaleza, no Ceará, adversário indigesto.
Outra mudança, essa por suspensão, P. Raul não jogará, por ter levado terceiro cartão amarelo.
Grande oportunidade de fazer uma equipe mais leve e rápida contra os cearenses.
Eu promoveria Rayan, sub 20, para equipe profissional neste jogo, no banco.
Tentaria também, mudar o esquema tático, de 4-3-3 para 3-2-4-1, onde deixaria equipe com três zagueiros (Miranda, Capasso e Léo); Jair e Barros; Puma, Orellano, Piton e Pec; Figueiredo, na frente. Colocaria pressão no rival em busca dos tão importantes 3 pontos.
Porque com essa mesmice, morosidade e previsibilidade que estamos jogando não iremos muito longe e as cobranças são muitas, os objetivos enormes e a angústia da torcida gigante.
Saudações!
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