Antes da primeira partida do Clássico, agora, pela Copa do Brasil, o ex-dirigente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro polemizou a rivalidade entre botafoguenses e vascaínos quando disse: "Botafogo é o maior freguês da história do Vasco, onde o primeiro tem 80 vitórias e o time da colina 160, maior disparidade entre os grandes rivais do Rio".
O ex dirigente do Glorioso não falou nenhuma mentira, atualizando os números no Wikipédia, são 333 jogos, Vasco 143v contra 92v do Botafogo.
Esse áudio caiu como uma bomba nos corredores do Engenhão (como é conhecido o estádio Nilton Santos), inflamando jogadores, dirigentes e torcedores.
Todos podem chamar o Montenegro de fanfarrão, mentiroso, tumultuador, mas ninguém pode chamá-lo de burro, pelo contrário, essa estratégia mexeu com os brios dos jogadores alvinegros, e se você quer motivar uma equipe "cutuque" as emoções dos homens, mexa com seus sentimentos.
Do velho Clássico da Amizade, tranqüilo, pacífico, harmônico, aberto, alegre, bem jogado, com muitos gols, se transformou num jogo duro, ríspido, viril, disputado pau a pau e sem muitas chances de gols. Venceu quem estava com a faca nos dentes.
Glorioso feroz
Autuori montou time no mesmo esquema 3-5-2, estilo do técnico que gosta de jogar com três zagueiros, como foi na última partida, num revés para mesmo rival, apenas entrando Gatito no gol e o nigeriano Kalu no ataque.
Equipe entrou mordida, raivosa, dobrando, triplicando (havia casos que tinham quatro alvinegros marcando um vascaíno). Diferentemente, do jogo no Brasileiro, este foi picado, com poucas chances de gol.
Num contra ataque, originado pelo goleiro Gatito que lançou com a mão, no meio de campo o japonês Honda que toca para Kelvin cruzar na cabeça do jovem matador Babi 1x0.
Depois segurou o rival com alguns jogadores com câimbras, dores, torções, contusões até o final.
Vitória com méritos.
Almirante na desvantagem
Ramon Menezes sabia que o jogo seria outro, que não iria encontrar as facilidades que apareceram na disputa pelo Brasileiro.
Equipe foi neutralizada pelo rival, Benitez sempre bem marcado, tinha dois a três defensores na cobertura.
Talles também recebendo marcação dobrada, pouco conseguiu ajudar.
Vasco teve uma grande oportunidade com Cano que bateu de primeira com excelente defesa de Gatito (se tivesse matado a bola poderia ter escolhido o canto).
Derrota foi justa, pois equipe da Colina não conseguiu criar para sair da boa marcação Alvinegra.
Para próximo jogo decisivo precisa criar estratégias para furar a boa marcação Alvinegra, ficou sem opções, sem saídas, sem alternativas.
Vaso perdeu o meio campo, havia casos de se vê um grande buraco no meio, onde equipe rival preenchia com muitos jogadores.
Destaques
Botafogo
Gatito, excelente defesa queima roupa num chute de Cabo e um passe com a mão no meio de campo que originou o gol. Nota 8;
Honda, diferentemente do primeiro duelo, neste estava mais ligado e ajudou muito a equipe. Nota 7;
Kalu, sempre perigoso, rápido e preciso. Nota 7
Babi, jovem promessa brilha mais uma vez, tá virando carrasco do Vasco, três gol em dois jogos, bola na trave, o garoto inferniza. Nota 9;
Autuori, foi inteligente em usar as críticas do Montenegro de maneira positiva, sacudiu o grupo, soube mexer com os brios dos jogadores. Nota 8.
Vasco
Miranda, mesmo errando quando subiu com Babi, fez uma boa partida. Nota 7;
Benitez, foi muito bem marcado, ainda assim encontrou Cano livre na grande área, este perdeu o gol. Nota 7;
Perspectivas
O Glorioso enfrenta o Santos em casa (Nilton Santos), pelo Brasileiro, neste domingo, precisando vencer, pois está na zona rebaixamento com 9 pontos.
Já o Gigante da Colina com um time alternativo, pois está de olho na partida decisiva de quarta-feira pela Copa do Brasil, vai ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba. Se vencer ficará a um ponto da liderança.
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