Sete pontos em nove

O Vasco atropela a forte equipe do Cruzeiro, faz sete pontos em nove possíveis, 77,8% aproveitamento – empate com Flamengo e vitórias contra Bahia e Cruzeiro - se distância do Z4, cresce na competição e projeta ir forte na semifinal da Copa do Brasil.

Seria muito simples se os três últimos adversários não estivessem no G6 (líder, vice-líder e sexto colocado), equipe cruzmaltina não perde há sete jogos (cinco pelo Brasileiro e dois pela Copa do Brasil), torcedor vascaíno começa, de fato, a sonhar com algo mais pomposo.

Raposa acuada

Vice-líder do campeonato, vinha de quatro vitórias consecutivas, tendo o artilheiro do Brasileiro, equipe extremamente compacta, veloz, marca alto com pressão, recompõe e faz transições rápidas.

Leonardo Jardim colocou um cruzeiro para liquidar o rival, porém, neste jogo foi totalmente neutralizado, mesmo assim, terminou a partida com melhores números: 21 chutes contra 12 do Vasco; 53% posse bola, 9 escanteios contra 3.

Cruzeiro mesmo com a derrota continua lutando pelo tão sonhado título, próximo jogo encara o líder Flamengo no Maracanã, jogo duríssimo que pode diminuir a diferença contra o rival.

Vasco nos cascos

Mesmo com perdas significativas – Jair, Tchê Tchê, Piton, Adson – clube buscou no mercado os zagueiros Carlos Cuesta e Robert Renan (fizeram um partidaço), trouxe de volta o volante Barros (sete jogos invicto), méritos para Admar Lopes e Diretoria Cruzmaltina.

Todas as contratações tiveram a mão de Diniz, que por sua vez, improvisou e bancou Puma na esquerda – o que parecia mais uma loucura dele – uruguaio está confiante e fazendo grandes partidas. Também, recuperou Rayan, dando-lhe, moral, segurança e liberdade no campo.

Diniz consegue marcar pressão com intensidade, ao mesmo tempo, quando baixa o bloco, consegue dobrar as marcações nas laterais protegendo a zaga.

Não quero “mitar”, “cravar”, mas, em alguns grupos do Vasco que participo, informei que nestas últimas quatro partidas (Fla, Bahia, Cruzeiro e Palmeiras) o Gigante faria 10 pontos, sete já temos.

Não se surpreendam se o Vasco trouxer três pontos de São Paulo, hoje. Temos dois fatores que podem atrapalhar (e não se refere a capacidade do time do Palmeiras, com todo respeito):

1) Gramado sintético horroroso (deveria ser proibido);

2) Arbitragem 

Destaques 

Cruzeiro

F. Bruno, mesmo prejudicado por erros individuais dos seus colegas de trabalho, fez um bom jogo, nota 6;

M. Pereira, liso, rápido, extremamente habilidoso, fez uma grande partida, nota 8;

K. Jorge, mesmo muito bem marcado, és muito perigoso, nota 6

Vasco

PH, uma assistência, um gol, vem crescendo junto com a equipe, merece uma amarelinha, nota 9;

Cuesta, joga fácil, simples, seguro, grande contratação, nota 7;

R. Renan, zagueiro canhoto, joga de terno, fino toque, faz grandes lançamentos invertendo o jogo, nota 8;

Puma, improvisado na esquerda vem dando conta do recado – já tô vendo a dificuldade de Piton recuperar seu posto – inverteu o jogo para PH quebrando a marcação cruzeirense, nota 7;

Barros, invicto desde que assumiu a titularidade, um verdadeiro trator, tá jogando muito, nota 7;

H. Moura, firme, forte, seguro, bate bem na bola, homem de confiança de Diniz, nota 7;

Coutinho, deu show, aula, balançou o sistema defensivo da Raposa, já merece uma amarelinha, nota 8;

Rayan, está na melhor das suas fases, fez um gol, combateu, criou, buscou jogo, outro que pode vestir uma amarelinha, nota 8;

Diniz, mais um jogo difícil, duro, mais um nó tático, a vítima dessa vez foi Leonardo Jardim, próximo jogo outro grande desafio, com Abel Ferreira, nota 9.

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