Depois de nove jogos sem vitórias e humilhações, Vascão vence primeira com o comandante Diniz e convence jogando um futebol alegre, vertical e vibrante, tranquilizando os torcedores céticos com a sua chegada (inclusive eu).
Primeiro grande “milagre”
Com mesmo elenco e basicamente com mesmo time titular de Carille e Felipe, Diniz opera primeiro “milagre”: transforma lixo em luxo (com todo respeito aos jogadores).
E ainda bem, com Hugo Moura, não com a sugestão da grande maioria que pediram Sforza de primeiro volante – chega me dar arrepios só em imaginar – franzino, combate mal e ainda de primeiro volante (ainda bem que Diniz sequer ouviu essa galerinha das redes sociais).
O que parecia impossível, com um elenco esculachado, humilhado, servindo de memes e pilhérias em todas resenhas esportivas, Diniz com apenas duas horas de treino na terça, 13.05, já deu uma cara nova ao time, no primeiro tempo contra o Lanús.
Para os pessimistas, focados nos dados negativos, foi a primeira estreia de Diniz com derrota (informando que o Vasco manchou o curriculum do treinador), já os otimistas – inclusive o próprio Diniz – foi a melhor estreia dele num clube de futebol.
E, contra o Fortaleza, equipe bem treinada por um dos treinadores mais longevos do país, na série A, 4 anos (só perdendo para Abel Ferreira, no Palmeiras, 4 anos 7 meses), sempre complicando a vida do rival.
No primeiro lance do jogo, o “Dinizismo” poderia ter ido para o ralo, quando Léo Jardim saiu mal gerando uma confusão na grande área e quase gol do Fortaleza (cena pastelão).
Time não se abateu, colocou a bola no chão, envolveu o rival, fez gol de “saidinha do Diniz”, passando desde Léo Jardim, com os pés, JV, PH – grande finta – cruzamento e GOOOOOOOOOLLLLLLLL LAÇO AÇO AÇOOOOOOOOOOOOOOOOOOO de Vegetti, VASCÃO 2X0.
Humildade sempre
Quando foi questionado que o time não sentiu cansaço no segundo tempo, Diniz, com a humildade que lhe é peculiar elogiou trabalho anterior do coordenador de preparação física do Vasco, Daniel Félix – tão questionado e bombardeado por todos.
Elogiou também o trabalho do Carille, dizendo que a equipe era bem treinada físico e taticamente, que fez alguns ajustes e pitadas de motivação (e isso ele sabe fazer bem, é intenso o tempo todo, chega estava rouco na coletiva de imprensa).
Equipe Motivada
Trabalho duro e intensidade nos 90 minutos é a cara do Diniz, e ele tem o dom de contagiar quem está do lado dele, jogadores, comissão técnica, torcida, todos ficam elétricos, isso é nítido, incrível.
A sinergia é fascinante, contagiante, envolvente, Diniz a todo momento chamando os atletas nas pequenas paradas (quando um atleta estava sendo atendido pelo DM), e ele esbravejava, ele gritava, xingava (vai tomar no c*) era muito normal, senão não é Diniz.
Jogadores gostam dessa coisa intensa, desse “pai” durão, que ver detalhes, e o futebol está assim, tão disputado, tão igual que precisam todos ficarem ligados nos detalhes para vencer jogos superdifíceis.
Vasco teve 14 finalizações, sendo que 7 no gol, 51% posse bola, 413 passes com 86% precisão, números muito bons, além de uma bola na trave, dois gols anulados e um lance fominha do Adson que poderia ter cruzado para Loide Augusto (seria lindo).
Destaques
Fortaleza
Pochettino, sempre muito perigoso, com boa técnica, visão ampla do jogo, nota 6;
Breno Lopes, tem qualidade, é inteligente e goleador, nota 6;
Lucero, foi quem mais agrediu e deu trabalho à zaga do Vasco, rápido, preciso e artilheiro, nota 7.
Vasco
Léo Jardim, errou no primeiro lance do jogo, mas, se recuperou e fez uma boa partida, inclusive participando do segundo gol, aqueles chutões desgovernados não vimos mais, nota 6;
PH, excelente preparo físico, deu drible da vaca no rival e cruzou certeiro para Vegetti fazer o GOOOOOOOLLLLLLL LAÇO AÇOOO, nota 8;
Piton, fez uma boa partida, cruzamento perfeito para seu parceiro Vegetti (de praxe), sofreu agressão de Marinho, levando o rival para o chuveiro mais cedo, nota 7;
Hugo Moura, merece nosso respeito, muito criticado nas partidas anteriores, fez uma partida segura, sua esposa perdeu bebê, mas, mesmo assim pediu para jogar, deu passe para GOOOOLLLL LAÇO DE Nuno, nota 7;
Tchê Tchê, é um segundo volante muito ligado no apoio, mas, também ajuda na marcação, deu passe para Nuno fazer gol, mas, o português estava impedido, nota 6;
Nuno Moreira, portuga conhece, tem bom passe, visão de jogo e técnica, fez um GOLLLLLLLLLL LAÇO AÇOOOOOO, nota 8;
Rayan, mais uma bola na trave (contra o Flamengo foi outra), dessa vez com pé direito (ele é canhoto), forte fisicamente, ajuda na marcação e tem explosão nos contra-ataques, um dos que Diniz mais gritou no jogo, nota 7;
Vegetti, caiu nas graças de Diniz, faz gols, é líder, respeitador, capitão e equipe, curiosidade foram dois gols com os pés, perdeu um gol de cabeça que não costuma perder, nota 9;
Téc. Diniz, humilde, líder, estrategista, conhece como ninguém mexer no emocional dos atletas, não abre mão do estilo de jogo altamente técnico e tático, nota 10.
Próximos jogos
O Fortaleza joga quarta, 21.05, às 19h, no Castelão, pela Copa do Brasil, contra Retrô-PE, precisando ganhar, se empatar vai a pênaltis.
Já o Vasco recebe o Operário-PR, terça, 20.05, às 19h, pela Copa do Brasil, precisando de vencer para a sinergia continuar perfeita, fazendo pulsar um São Januário lotado, em busca de mais uma vitória (se empatar vai a pênaltis), cheiro de um jogão.
“X” wildenunes1
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