terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Clássico da Amizade, que nada. Tabu Quebrado.


Quem tem um amigo como esse (ou vascaíno ou botafoguense) não precisa de inimigos. Assim foi, na quinta-feira, o tradicional Clássico da Amizade, onde gentilezas ficaram em segundo plano.

Clima tenso, disputado, aguerrido, uma verdadeira batalha campal, o que normalmente se espera de um clássico com muita rivalidade, onde amizade ficou só entre os torcedores.

Expulsões foram Fundamentais

O Botafogo, em melhores condições na tabela e com time mais entrosado, desde o ano passado, que quase foi a Libertadores, além do histórico favorável nos últimos clássicos contra o rival (4 vitórias seguidas) era o grande favorito.

Porém, aos 11min do primeiro tempo teve seu zagueiro, Adryelson, corretamente expulso, quando fez falta em Alex Teixeira, evitando o que seria o primeiro gol Cruzmaltino, ai o jogo começou a mudar.

Mas, a coisa ficou mais complicada ainda para os alvinegros quando Rafael deu um soco em Barros, numa discussão referente a um pênalti (que depois foi desmarcado pelo VAR), este também, corretamente, expulso.

Com dois jogadores a menos desde o primeiro tempo, o quadro ficou quase que impossível para o Glorioso, que foi valente.

Luís Castro fez uma linha de 5 defensores protegendo a casinha, mais 3 à frente, onde estrategicamente resistiu ao bombardeio Cruzmaltino, evitando um placar mais dilatado.

Tabu Quebrado

Há nove clássicos estaduais seguidos com derrotas, o Vasco entrou em campo pressionado, além de ter vários desfalques (Jair, Orellano, Figueiredo e Marlon Gomes por contusão; os goleros, Ivan, Léo Jardim e T.Rodrigues pelo regulamento, foram inscritos após prazo limite).

Jogo tenso, rival melhor na tabela, mais entrosado, já havia ganhado o Fluminense, tudo conspirava para mais uma derrota do Gigante da Colina.

Mas, como se trata de futebol, e este é imprevisível, improvável, com duas expulsões corretas, em condições normais, o jogo virou a favor de São Januário.

Ainda no primeiro tempo a torcida do Vasco ficou pra enfartar quando Galarza, já com um amarelo, entrava duro nas disputas de bola, correndo risco de ser expulso.

Pois, normalmente, os árbitros aplicam a lei da compensação, quando tem uma equipe desfavorável nas expulsões.

A preocupação ficou pela dificuldade de fazer triangulações e movimentações, onde reforçamos a necessidade da diretoria Cruzmaltina em contratar, sobretudo, um meia renomado, legítimo camisa 10 que chame a responsabilidade e pense o jogo.

Além, também, da contratação de um ponta direita e de um volante.

Três pontos cruciais para chegar à classificação para as semifinais da competição, isso que vale neste momento, torcida Cruzmaltina foi para o Carnaval aliviada.

Destaques do Clássico

Botafogo

L Perri- excelente goleiro, sempre bem colocado, fez grandes defesas, evitou um placar mais elástico, nota 8;

Cuesta- seguro, firme, experiente, mesmo com derrota, fez bom jogo, nota 6;

J Carli- tem o Botafogo na veia, e a torcida o admira muito, colocou, pra variar, muita raça e alma no time, nota 7;

Gabriel- mesmo com dois a menos, se destacou com muita personalidade, bate muito bem na bola, nota 7;

Thê Thê- joga fácil, toques sutis, incansável, movimenta-se muito bem e com muita técnica, nota 6;

Tec Luis Castro- foi muito inteligente, mesmo com dois a menos, armou uma linha com 5 atrás e 3 na frente, dificultando penetrações na zaga Alvinegra, nota 7.

Vasco

Léo- grande contratação, joga muito, passes precisos,   rasteiros, é um zagueiro ofensivo, nota 8;

Rodrigo- mais um bom jogo, dessa vez sem erros, seguro, firme, nota 6;

Barros- assim como foi contra Flu, jogou como estivesse no seu quintal, grata aposta na base, excelente enfiada de bola para Alex Teixeira, forçando expulsão do zagueiro Adryelson, bota 9;

Pec- cada jogo ganha mais segurança, confiança e mostra que pode ser muito útil à equipe, nota 6;

A Teixeira- está vivendo um grande momento, mais leve,  rápido, liso, fez um gol e esteve muito bem, nota 8;

Tec Barbieri- num esquema 4-3-3 encontrou o melhor Vasco, jogou bem contra o Flu (mesmo com a derrota) e contra Botafogo forçou a expulsão dos 2 atletas do rival com grandes jogadas (assim é o futebol), só não pode repetir Galarza para os próximos jogos, nota 8.

Arbitragem

O árbitro Yuri Elino F. Da Cruz foi muito bem no clássico, assim como seus auxiliares e, sobretudo, o VAR (pois deu suporte para o árbitro corrigir pênalti mal marcado e a expulsão de Rafael), nota 8.

Saudações!

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

As Derrotas Ensinam. Cano Fenomenal.


Antes mesmo de começar o apimentando e disputado clássico deste domingo, Fluminense e Vasco travaram disputas nos bastidores por conta da carga de ingressos – fato lamentável, torcedores precisam ser mais respeitados, o que aconteceu nesta partida não poderá se repetir – onde diretoria tricolor disponibilizou apenas 50 mil ingressos (FERJ colocou mais 10mil ingressos nos setores especiais, porém, capacidade máxima do Maracanã é de 70mil), alem de deixar o setor Norte, torcida do Vasco, com 4mil ingressos a menos, fato meramente de birra e picuinha desnecessária, triste se aprofundar nestes fatos.

Além de dificultar a troca dos ingressos através de voucher, fazendo com que os torcedores do Vasco pegassem filas quilométricas – coisa de um passado muito distante – pequeno, pífio, vergonhosa a atitude da diretoria tricolor.

Em campo, um jogaço, disputado em cada centímetro do gramado, onde não prevaleceu quem jogou melhor ( o Vasco), mas quem colocou a bola nas redes, assim é o futebol, quem quer justiça procure outro esporte para assistir, e por ser tão imprevisível, jogado de formas diferentes, com táticas/estratégias distintas e resultados improváveis que é tão fascinante. Viva o futebol!

As Derrotas Ensinam

É evidente que todo Vascaíno gostaria de ganhar o clássico deste domingo, até porque, essa foi a nona derrota seguida do Gigante da Colina, em clássicos estaduais.

As vitórias escondem as falhas, os erros, os pontos a melhorar, e o Vasco não está pronto, embora tenha feito um bom jogo, com as peças que tinha em mãos, porém precisa contratar mais e ajustar alguns setores.

Derrotas contra River Plate, nos EUA, Volta Redonda e, agora, o Fluminense,  mostraram que o Vasco evoluiu muito com o comando técnico de Barbieri e a nova diretoria da 777, mas, ainda assim, precisa fazer mais para jogar em alto nível.

Com a chegada de Manuel Capasso, inclusive estava no Maraca, no domingo, assistindo ao jogo, time da Colina fechará sua zaga com um nível ótimo ideal: Ivan ou Léo Jardim, Puma, Capasso, Léo e Piton, zaga para time, série A nenhum botar defeito.

Mesmo com as boas atuações de Rodrigo (errou no segundo gol de Cano) e Barros, time precisa dar velocidade na contratação de mais um volante de qualidade – Jair, poupado, agravou a situação, fazendo com que Barbieri improvisasse – ganhar o meio é fundamental na estratégia do treinador, Cruzmaltino.

Um ponto esquerda e um meia consagrado, este para chamar a responsabilidade, são prioridades neste novo e bom Vasco, que dominou todo primeiro tempo contra o tricolor das Laranjeiras.

A derrota foi cruel para os Vascaínos, mas, uma coisa é certa: melhor perder agora, corrigir, para alçar vôos mais altos num futuro bem próximo, do que ganhar, e se iludir na temporada.

O caminho está mais do que certo, está sendo perfeitamente construído, cabe a torcida do Vasco ter um pouquinho mais de paciência, pois o pior já passou, a estrutura, agora, é outra. 

Cano Genial 

Já o atual campeão carioca e terceiro colocado do Brasileirão 2022, mais experiente, mais rodado, jogando juntos há mais tempo, tem um técnico que conhece seu elenco à fundo, levou a melhor, pois tem o artilheiro do futebol Brasileiro e estava numa tarde/noite inspiradíssima.

Na gíria do futebol, Barbieri deu um nó tático em Diniz, no primeiro tempo, onde Fluminense não deu um chute a gol sequer. 

Já no segundo tempo, treinador tricolor, mudou uma única peça, colocou Lima no lugar de Arthur, no intervalo, continuou pressionando o rival e numa bola alçada na área encontra o sempre bem colocado e iluminado Cano que, pra variar, bate de primeira, fazendo 1x0.

Mas, foi já nos acréscimos, 46min, que o Maraca presenciou um dos gols mais antológicos e raros desde palco sagrado. Com o erro do volante do Vasco, German Cano bate de primeira, de esquerda, quase no meio de campo, a bola viaja pega altura e encobre o goleiro Léo Jardim,

 GOOOOLAAAAAÇOOOOOO AÇO AÇOOOOO, esse pode editar uma placa, porque foi de tirar o chapéu, uma verdadeira obra prima.

Destaques no Clássico

Fluminense

Fábio – responsável por barrar o ataque do Vasco em pelo menos 3 oportunidades claras de gols, com grandes defesas, sobretudo, no chute de Pec, nota 9;

Nino – embora se jogando no chão e simulando algumas faltas, que se é um árbitro mais conceituado não teria marcado, se destacou positivamente em muitos lances, nota 6;

André – não fez um jogo excepcional, mas ajudou o tricolor nas armações e no setor defensivo, nota 6;

Jhon Arias – colombiano é liso, rápido e técnico, mesmo muito bem marcado fez um bom jogo, nota 7;

Lima – Quando entrou mudou o jogo, flu cresceu, ganhou campo, estabilizou mais a equipe, nota 7;

Cano – o artilheiro de apenas um toque, fez dois  gols, um dos mais belos do Maraca, 100% de  aproveitamento, 2 chutes, 2 gols, nota 10;

Tec. Diniz – fez uma boa leitura do primeiro tempo, no intervalo mudou o jogo, arrumou a casa e fez sua equipe vencer,  nota 7.

Destaques do Vasco

Léo – mais uma grandes partidas desse rapaz, seguro pelo alto, embaixo, ganhou todas, sai jogando com uma elegância e técnica impressionantes, valeu o investimento, vai crescer mais ainda ao lado de Capasso,  nota 8;

Piton – mesmo muito bem marcado, fez um bom jogo,  é um jogador de grande potencial, nota 7;

Rodrigo – estava fazendo uma partida muito segura, firme na marcação, desarmando o ataque tricolor, mas no final errou num passe sendo aproveitado por Cano, mesmo assim percebe-se que tem qualidade, nota 6;

Barros, outro jovem da base da Colina, não se intimidou, alto, forte, determinado, duro na marcação, mas também sabe jogar, tem futuro, nota 6;

A Teixeira – fez uma das melhores partidas pelo Gigante, com muita disposição, correria e técnica, mostrou que pode ser útil ao elenco, nota 8;

Pec – já provou ter muita qualidade, ajuda na marcação, deu um chutaço que o Fábio foi buscar no ângulo, não deveria ser substituído, nota 7;

Eguinaldo – Muito rápido, roubou a bola na defesa do Vasco e arrancou num contra ataque fulminante, deixando Nenê de cara pro gol que chutou para a boa defesa de Fábio. Numa boa cabeçada que passou raspando quase marca, nota 7;



P Raul – uma grande cabeçada no primeiro tempo, com uma defesaça de Fábio, e outra que, infelizmente, foi pra fora, Fabio tirou com os olhos, não deveria ser substituído, nota 7;

Tec. Barbieri – Surpreendeu Diniz com três volantes no meio, neutralizou a boa equipe tricolor, fez marcação alta, pressão, ao seu estilo, poderia ter tido mais sorte no primeiro tempo, onde foi  amplamente superior. Errou ao ter tirado Pec – tiraria Galarza, colocava Orellano e passava Pec para esquerda – errou também com  a saída de Pedro Raul – este estava segurando dois zagueiros rivais – mesmo assim, foi destaque, está no caminho certo, o Vasco foi competitivo, quando chegar os reforços citados, Gigante irá brigar por posições maiores, nota 7.

Próximos Jogos

O Fluminense joga no sábado, de carnaval, 18.02.2023, às 16h, contra a Portuguesa, para tentar chegar à liderança do campeonato.

Já o Vasco, joga mais um clássico, dessa vez com o Botafogo, no Maracanã, próxima quinta-feira, 16.02, às 20h30, para tentar se aproximar do grupo de elite que dará direito a participar das semifinais.

Saudações

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Na minha casa mando eu

Vasco envia um recado para os rivais do Camp Brasileiro, que vai ser osso tirar pontos dele em São Januário. Mas, calma, tem muita coisa a m...